Se existe uma característica intrínseca no histórico de
Os investimentos dos brasileiros podem ser considerados quase únicos no mundo, o que é uma grande preferência por investimentos em renda fixa. Nesse universo, existem vários exemplos de renda fixa aos quais os investidores pessoa física têm acesso.
Devido à sua popularidade, um dos principais exemplos de renda fixa é a caderneta de poupança, que nos últimos anos tem se mantido bastante atrativa para os brasileiros para poupança pessoal apesar de não oferecer retornos acima da própria inflação.
Mais recentemente, com a popularização de novas corretoras de investimentos que agora podem oferecer serviços e produtos financeiros independentes dos grandes bancos brasileiros, tornou-se popular investir em títulos públicos, o que até alguns anos atrás não era muito comum para investidores comuns.
Essa democratização contribuiu, em parte, para a conscientização de que os investimentos precisam ter algum retorno, pelo menos em linha com a inflação do país. Nessa dinâmica, as tesourarias diretas ajudam a moldar essa mentalidade, com títulos atrelados ao IPCA.
Abaixo, listamos alguns exemplos importantes de renda fixa negociada no Brasil:
1. LCI ou Letras de Crédito Imobiliário
Quando um banco empresta dinheiro a um cliente para financiar a compra de um imóvel, na verdade está fazendo crédito imobiliário. Geralmente, esses empréstimos têm taxas de juros mais baixas do que outros tipos de empréstimos oferecidos pelos bancos, principalmente porque o imóvel é uma garantia para aquele crédito.
Então, para financiar essa hipoteca, o banco emitiu títulos chamados LCIs para investidores que queriam um retorno conservador sobre o capital investido.
Nesses títulos, existem opções flutuantes que pagam um percentual do CDI. e opções de taxa fixa, que têm um rendimento fixo no vencimento.
2. CDB ou Certificados de Depósito Bancário
Assim como no LCI, os CDBs também são títulos de dívida bancária emitidos com o objetivo de suprir o capital necessário para os bancos realizarem seus empréstimos.
Quando os bancos pegam esses recursos e lhes pagam a remuneração da Selic, eles precisam conceder crédito a uma taxa mais alta para ter lucro e pagar os CDBs que emitem.
Geralmente, os títulos emitidos pelos grandes bancos dão aos investidores retornos menores do que a Selic justamente por terem uma estrutura de capital mais sólida. Por outro lado, bancos menores que demandam mais recursos recebem na maioria das vezes mais do que a taxa Selic. Às vezes isso pode ser uma grande oportunidade.
Para que seu capital esteja garantido nesses casos, é preciso estar de olho no limite do FGC, que atualmente garante aplicações que totalizam no máximo R$ 250 mil por CPF em caso de falência dos bancos que emitiram os títulos.
3. CRI ou Certificado de Recebíveis Imobiliários
Os CRIs também são títulos relacionados ao setor imobiliário. No entanto, ao contrário das cartas de crédito associadas ao crédito imobiliário, esses títulos estão vinculados a futuros fluxos de renda de aluguel para uma determinada propriedade.
Por exemplo, se o proprietário de um centro de distribuição o aluga para uma empresa, ele pode vender fluxos de receita futuros a valor presente por meio do CRI.
Geralmente, o investimento em CRIs somente é possível com valores bastante elevados, quase sempre a partir de R$ 300.000. As taxas de remuneração dos CRIs, na maioria das vezes, são atreladas à inflação, mitigando o risco inflacionário, e à qual sempre é somada uma taxa de juros adicional como meio de remuneração do qual o detentor do título tem direito.
Uma forma fácil de investir em CRI de forma diversificada é investir em fundos imobiliários. Nesses casos, além da isenção de 100% do imposto sobre a renda, os pequenos investidores podem obter integralmente o investimento inicial.
Nesses casos, porém, os ativos passarão a ser negociados em bolsas de valores, mercados secundários, resultando em volatilidade nos preços das ações, deixando de ser conceitualmente classificados como renda fixa.
4. Debêntures
Títulos são títulos de dívida emitidos por grandes corporações como forma de financiar seus projetos de expansão.
Essa é a maneira mais fácil de uma empresa levantar capital de investidores sem a necessidade de crédito bancário.
Em caso de falência da empresa, os debenturistas (debenturistas) têm acesso prioritário aos recursos. Normalmente, esses títulos são indexados a taxas CDI ou Selic. No entanto, eles precisam pagar imposto de renda. No entanto, alguns títulos são isentos de impostos. É o caso dos títulos de infraestrutura (incentivos).
Normalmente, é muito simples investir em debêntures. Basta abrir uma conta numa corretora legalizada pela CVM e começar a negociar esses títulos, que podem ser comprados tanto no mercado primário (momento da emissão), quanto no secundário (negociação dos títulos entre investidores).
Conclusão
Por meio deste artigo, é possível verificar que existem vários exemplos de renda fixa no Brasil, alguns dos quais ainda são conhecidos do público. Mesmo assim, existem muitos outros exemplos desses títulos que podem ajudar os investidores a formar uma carteira diversificada com o objetivo de construir reservas para contingências.