Cozinhas escuras são tendência em takeout

Algumas pessoas pensam que a alma de um restaurante está na cozinha. Então, na ausência de mesas e consumidores, o que deveria ser chamado de um lugar onde convergem diferentes cozinhas e onde os pedidos registrados a cada minuto representam o único elo com o público?

No mercado atual, esses espaços são conhecidos como “cozinhas escuras” ou “cozinhas fantasmas”, e apresentam ambientes onde as refeições são preparadas especificamente para as necessidades de take away.

A prática desse novo modelo de negócios começou nos EUA, Reino Unido e Índia, mas com o cenário de pandemia, as cozinhas fantasmas se tornaram comuns em todo o mundo.

No Brasil, houve uma crescente preferência por serviços de parto antes da emergência nacional de saúde pública. Dados da Pesquisa Online ao Consumidor Brasil mostraram que, durante o distanciamento social, as refeições pedidas por meio de aplicativos dedicados de entrega aumentaram de 40,5% para 66,1%.

Nesse caso, estima-se que as entregas continuem em alta apesar do retorno às atividades presenciais normais, já que passou a fazer parte da dieta brasileira. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) confirmou essa especulação ao destacar que o padrão continua crescendo, apesar do impacto da reabertura dos locais.

Vantagem competitiva

Praticidade, economia de tempo e a oportunidade de usar cupons de desconto são apenas alguns dos atrativos competitivos no espaço de entrega. Mas quem empreende também colhe benefícios valiosos desse tipo de negócio. Vale ressaltar que há um foco total no preparo dos pratos, sem a decoração, infraestrutura e taxas de serviço de pessoal e demais despesas exigidas em um restaurante tradicional.

Além disso, com a possibilidade de gerenciar todas as demandas de maneira remota, os proprietários das dark kitchens podem se valer das facilidades do mercado online. Ou seja, segurança, privacidade, diversidade nas formas de pagamento e, especialmente, uma vitrine para o negócio, que possui alta abrangência e baixo – às vezes, zero – custo de manutenção.

Controversas

Embora as dark kitchens estejam presentes no país há, pelo menos, mais de 2 anos, ainda não existe uma regulamentação que delimite direitos e deveres deste tipo de empreendimento. Entretanto, isso não significa que não podem operar. Atualmente, a prática mais recorrente nas capitais brasileiras tem sido a concessão individual para atuação. Porém o modelo de negócio se baseia na convivência dentro de um mesmo edifício, em uma espécie de coworking.

O professor, arquiteto e urbanista da Universidade de São Paulo Nabil Bonduki foi entrevistado pela Rádio USP sobre o tema. Explicou que é necessário ter uma legislação própria sobre licenciamento de cozinhas para minimizar os impactos percebidos nos grandes centros, como o cheiro da comida a ser preparada, ruídos de exaustão, ventiladores e trânsito devido ao forte movimento de motos e trabalhadores do serviço de entregas. compromisso. As sanções por leis ou regulamentos específicos de cada país permanecem imprevisíveis.

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